quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Opera IX - Sacro Culto

Ainda me recordo quando comprei este cd. Queria comprar algo de Opera IX mas estava indeciso entre dois cds. Como normal e costume escolhi o cd que tinha as músicas de maior duração. Eu sei, eu sei. Era jovem e não pensava. Vamos lá à coisa propriamente dita. Opera IX surgem-nos da Itália em 1988 e após algumas demos começam-se a fazer-se notabilizar no underground, talvez devido ao carisma da sua vocalista, Cadaveria. Quanto a este lançamento, o que temos são 6 faixas em que a mais pequena tem a singela duração de 8 minutos, de metal atmosférico e com algumas influencias folk. Sinceramente, custa-me chamar isto de black metal, simplesmente não encaixa (não querendo dizer que isso é um factor negativo ou positivo - apenas o é). A voz de Cadaveria custa a entrar por na minha opinião parecerem forçadas, a produção é estéril por vezes - o que ajuda junto com a duração demasiado longa dos temas - que se torne fácil nos enjoarmos.
Embora não seja linear em termos de composição, estas simplesmente não tem a força que seria desejável porque no final não se consegue apagar aquele efeito amnésico "O-que-foi-que-eu-estive-a-ouvir-nestes-70-minutos?".
Pessoalmente o que me fascina neste trabalho é a capa mas eu tenho esta fraqueza de gostar de seios desnudados.

4/10

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Buried Dreams - Beyond Your Mind




Esta posta vai ser muito semelhante à de Winds Of Sirius. Não que sejam estilisticamente muito parecidos mas porque o resultado final é praticamente o mesmo ou seja...ouve-se. E agora que já sabem o resultado final disto podem ir-se embora. A produção é manhosa (também temos que ter em consideração o album ser de 97 e a banda do México) e as ideias que apresentam são algo datadas. Tem bons arranjos e tal...mas simplesmente não convence. Tal como a critica referida atrás é bom para ouvir baixinho e enquanto se faz qualquer coisa (apenas para não prestar muita atenção) Tive oportunidade de ouvir um album mais recente e acreditem que as coisas mudaram muito! Neste, não temos grande coisa. Apenas uma faixa me enche as medidas e é instrumental (o que também já diz alguma coisa do que eu penso da voz).

4/10

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Bolt Thrower - The IVTh Crusade



Bolt Thrower... simplesmente uma das mais concisas e obstinadas bandas de Death Metal de sempre. Quando todos estavam apostados em ser cada vez mais rápido e técnico ou em ser simplesmente brutal, este quarteto lança um album que iria solidificar a sua identidade musica: Ritmos potentes e cheios de groove e que embora se repetem por bastantes vezes, são exactamente o tipo de riffs que queremos que sejam repetidos até à exaustão. É raro encontrar música extrema hipnótica mas penso que esta seja a melhor descrição para descrever este albúm. Desde a faixa título que abre o albúm até à outro Through The Ashes, somos transportados pelos vários palcos de guerra através da história através de uma parede sonora indestrutível muita graças do senhor Colin Richardson, produtor de bandas como Carcass, Machine Head, etc. Para quem gosta de Death Metal é essencial, para quem gosta de Death Metal com groove (e não esqueçamos que o albúm foi lançado em 1992!!) mais ainda. Uma banda subestimada mas que deixou a sua marca no metal extremo e em mim. Curiosidade também por ser talvez a primeira banda de Death Metal com um membro do sexo feminino, a baixista Jo Bench.

10/10

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Winds Of Sirius - Beyond All Temples and Myths



O que temos aqui é Death Metal atmosférico com teclados e algumas passagens Doom. Para alguns será seca (e talvez com razão) e para para outros, talvez aquilo que procuravam. Tem boas ideias mas penso que são prejudicados principalmente pela produção que não sendo impecável prejudica principalmente no departamento das guitarras. Não que seja essencial ter um som cristalino para as ideias serem bem sucedidas, por vezes até acaba por torná-las inócuas. Apenas acho que neste caso ajudaria uma melhor produção a nível de guitarras e também bateria. Mas não me entendam mal, o som não é mau, apenas não é bom o suficiente. Faz-me lembrar algumas bandas como Nightfall (no inicio de carreira) e Bal-Sagoth (não tão grandioso/espafalhatoso) mas não chegando a atingir o que estas duas bandas atingiram ou seja, momentos memoráveis nas músicas que apresentam. Ouve-se e não se vomita. Já não é mau.

4/10

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Decayed - In Lustful Mayhem



Sempre vi este como segundo albúm de Decayed, erradamente diga-se, e sempre me fez confusão como puderam gravar algo tão... mau para suceder ao marco do underground nacional que foi o album de estreia The Conjuration Of The Southern Circle. Acontece que este não era realmente o segundo albúm de Decayed, apenas foi publicitado como tal pela extinta Skyfall, editora que lançou este mcd, que traz re-editada a demo The Seven Seals de 93. Algo que pode resumir este lançamento é o som péssimo. E para mim é muito dificil passar por cima disto. Certos lançamentos tem um mau som mas conseguem atingir um certo peso ou ambiente. Este nem um nem outro, é simplesmente mau. Entretanto as músicas da demo estão muito melhores e conseguem trazer um cheirinho do primeiro album com a faixa Moon Of A Wolferian Shadow. Vejo este lançamento um pouco como um tiro no pé. De quem o comprou e de quem o lançou.

4/10

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Nightfall - Eons Aura



Nightfall, vistos por alguns como uns Paradise Lost de segunda, a verdade é que nunca se conseguiram afirmar como algo mais do que isso. Não que seja uma cópia pálida dos britânicos, mas o caminho tomado por estes é por vezes notório como influente. Depois do segundo album Macabre Sunsets, é lançado este mini-cd a preparar caminho para Athenian Echoes, que consiste em 4 faixas, dois originais e duas covers. O estilo de Nightfall, pelo menos nestes tempos, nunca foi tão fácil de ouvir como por exemplo Paradise Lost, devido às suas compoisções algo estranhas e algo dificeis de entrar no ouvido, não sendo qualquer pessoa que aprecia os primeiros trabalhos deste grupo. Os originais seguem esta linha e a surpresa reside nas versões de Army Of Lovers com Until The Day Gods Help Us All e Manowar com Thor. A primeira é uma música baseada em teclados com suspiros intercalados com urros (daqueles do urso na caverna esfomeado) criando um efeito excelente na minha opinião e deixando-me curioso para ouvir o original. A segunda é bastante próxima do original, apenas mudando as vocalizações (ligeiramente diferentes).
Embora as originais não sejam más, prefiro as covers.

4/10

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Cumdeo - The Threads Of Imagination


Não faço a minima ideia porque comprei este cd... Não estou já a dizer que é mau ou bom. Apenas que não me recordo do porquê o ter comprado. Banda originária da Rússia, os Cumdeo tocam o som que foi muito popular na primeira década de 90 tanto em Portugal tanto como no resto do underground europeu: Death/Doom. E embora não seja algo de extraordinariamente bom também não é extraordinariamente mau. Confesso que tive de ouvir este cd muitas vezes até ele começar a entrar e a chamar-me captar-me a atenção. Embora o cd tivesse sido lançado em 2000 as músicas são de entre 94 a 97, tendo sido gravadas e mixadas em 98/99. Talvez por isso se note um pouco a fácil identificação de que falei no início e soe um pouco datado tanto em termos de som como de ideias. De qualquer maneira é um bom album com boas músicas que o fervoroso fã de Death/Doom deverá apreciar de certeza, não caindo na armadilha das músicas lentas e aborrecidas, conseguindo imprimir até alguma velocidade em certos momentos, sempre com bons arranjos de teclados presentes. É pena não ter nada que o faça sobressair.

5 /10

sábado, 2 de outubro de 2010

Demon Dagger - Aftershock


Sempre tive uma simpatia por este albúm, talvez por tanta gente o deitar abaixo devido a demasiadas semelhanças com Megadeth. Sinceramente foi essa a minha maior motivação para o comprar elaborando um raciocínio do género "eu gosto de Megadeth, logo vou gostar do albúm". E foi uma decepção... Porque não encontrei muitas semelhanças com a banda liderada por Dave Mustaine. Ok, a voz é algo parecida em certas passagens (não em todo o album como li nas várias criticas) e em termos de composição não é de maneira nenhuma a cópia descarada que quizeram fazer crer (a única realmente "megadethiana" é a Corundum Pursuit) e por isso este disco foi uma desilusão, estava á espera de ouvir o mais novo trabalho de Megadeth e afinal... É um album agradável de ouvir, descontraídamente numa qualquer tarde quente, mas apesar de ter ouvido este albúm muitas vezes apenas algumas músicas me ficaram na cabeça.

4/10

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Throne Of Ahaz - Nifelheim



Ora aqui está uma banda de culto dentro do BM sem ter chegado ao reconhecimento que merecia num álbum que para mim é do que melhor se fez na segunda vaga de Black Metal. Não temos nada de revolucionário para a altura mas o facto é que com a produção límpida mas mesmo assim raw onde todos os instrumentos são perceptíveis, as composições que trazem ora velocidade ora peso balanceado com algum groove (sim, groove, BLASFÉMIA) constroem um ambiente perfeito, ajudando para isso também a qualidade de riffs que utilizam e as variações nas músicas. Numa altura em que se fala tanto do que é trve ou não (que debate mais idiota também) é engraçado ver como um álbum com mais de 10 anos não envelheceu nem um bocadinho. Possivelmente pelo o estilo ser um pouco imutável, embora hajam bandas que não se conformam com as regras e ousam (na opinião de alguns, claro) a quebrá-las. Este é o caso dum álbum que segue as regras [fotos da banda em corpse paint com cara de maus; as letras do norte – toda a gente sabe que o diabo vem do norte, vejam o caso do Pinto da Costa – e do frio e até referências a mitologia nórdica como o próprio título indica; a voz gritada (e que grande voz o bacano tem); e os riffs gélidos] mas acaba por ultrupassar essas mesmas regras por fazer bastante uso de composições a meio tempo (o maldito groove outra vez) e pela produção impecável. E é tão bom ouvir black metal e perceber o que se está a tocar… parece um sonho tornado realidade.

8/10

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Firstborn Evil - Rebirth Of Evil




Primeiro albúm da banda portuguesa de Black Metal Melódico (pelo menos na altura). Tendo-se destacado com participações em algumas compilações nomeadamente na da Guardians Of metal e num dos volumes da Southern Assault Vol. 1 e na Sometimes...Death Is Better Vol. 7 da Shiver records. Lançaram a demo The Awakening Of Evil em 96 e tendo sido razoavelmente bem recebida e causando impacto no underground nacional (que na altura não tinha muitos projectos do estilo) acabaram por lançar este seu albúm de estreia pela editora portuguesa Guardians Of Metal.

Apesar de toda a imagem, penso que não se possa chamar um albúm de Black Metal Melódico, simplesmente não encaixa, apesar do esforço de imagem para encaixar (que diga-se de passagem é um pouco ridiculo, mas o ridiculo no black metal nestas alturas também é um pouco subjectivo). 8 composições de metal épico, com solos de guitarra e vocalizações versáteis.A última faixa, A Quest For Vengeance é a junção de tudo isto que falei. A produção por vezes parece que não ajuda, mas se tivermos m conta a altura em que foi lançado e o que se fazia na altura penso que 8 anos depois não é algo que envergonhe a banda (Corpse Paint ridiculo à parte). É por vezes ingénuo mas envelheceu bem (quanto a mim) não acusando a passagem do tempo. Uma coisa que não percebi foi os nomes dos elementos da banda virem em diversas partes (nas fotos e nos créditos) sobre a forma de pseudónimos - e que bons que eles são - e nos agradecimentos aparecerem os nomes verdadeiros. De qualquer maneira, Bruno Fernandes já aqui demonstrava ser dono de uma das vozes mais versáteis que temos (apesar de por vezes assustar um pouco, parecendo uma cabra a ser degolada-não que eu tenha algo contra isso) e é sem dúvida um bom albúm de uma banda que sempre pareceu ser um pouco perseguida pelo azar.

6/10